A AX4B preparou um post informativo geral com as principais informações sobre o Covid-19.
Os casos da doença seguem crescendo no Brasil e no mundo.
Em resumo, é tempo de ficarmos em casa e cuidarmos da saúde e higiene. Somente juntos poderemos combater esse vírus.
Confira as principais características e mantenha-se informado.
Quais os sintomas principais e no que eles diferem do resfriado comum?
Os sinais e sintomas do novo coronavírus são principalmente respiratórios e se assemelham aos de um resfriado. Eles incluem principalmente febre, tosse e dificuldade para respirar ou falta de ar. Em casos mais graves, podem causar também a infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. O quadro completo da Covid-19 ainda não está claro. Segundo estudo clínico, 80% tiveram sintomas moderados.
Quando buscar ajuda médica?
Pessoas que desenvolverem a Covid-19, mas mantiverem sintomas leves (como a coriza) ou mesmo assintomáticos, o tratamento mais indicado pelos especialistas tem sido manter-se em casa, em isolamento, controlando os sintomas com medidas simples, como: hidratação, alimentação saudável e descanso.
Devem buscar ajuda médica quando houver uma alteração (ou aumento) na apresentação dos sintomas, tais como:
- Febre acima de 37,8°C persistente (que volta mesmo depois que a pessoa for medicada);
- Tosse seca;
- Falta de ar ou dificuldade para respirar;
- Antes de sair de casa, porém, por apresentar os sintomas, a pessoa deverá usar a máscara. Dessa forma, evita a disseminação do vírus a quem estiver próximo.
Na dúvida de onde buscar a ajuda médica, prefira locais com pouca aglomeração de pessoas. Unidades básicas de saúde e clínicas médicas são as mais indicadas. Os profissionais de saúde desses locais indicarão uma transferência a hospitais, caso seja necessário.
Isolamento domiciliar
No caso de diagnóstico para a Covid-19, é bem provável que o médico aconselhe a ficar em casa, em isolamento. Na prática, isso significa algumas medidas que a família deverá adotar:
- Permanecer, de preferência, em um ambiente da casa onde possa ficar sozinho. Dormir e se alimentar nesse local, longe dos demais, é uma orientação.
- Se não for possível ficar isolado em um quarto, mantenha uma distância de 1,5 metro a dois metros dos outros moradores.
- Não compartilhe talheres ou utensílios de cozinha;
- Não compartilhe produtos de uso pessoal, como os de higiene;
- Cuidado redobrado quando for tossir ou espirrar, tendo em mente a etiqueta da tosse/do espirro;
- Descarte o material de higiene pessoal no lixo;
- Lave as mãos com frequência;
- Não segure crianças no colo;
- Evite contatos muito próximos, como beijos e abraços;
- Permaneça em sua casa. Evite locais com aglomeração, como shoppings, praças, parques e praias cheias de pessoas.
Essas orientações devem ser seguidas por, pelo menos, 14 dias, que é o tempo de incubação da doença.
Como funciona o teste?
O exame que diagnostica o novo coronavírus é feito por meio de um swab, ou bastonete, que coleta as secreções das regiões da nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta). A amostra é então analisada em um teste bem específico que verifica a presença do vírus por meio da metodologia PCR, que identifica o material genético do vírus, o seu RNA.
Em geral, o resultado desse exame sai em 24 horas. Com o aumento na demanda, porém, deve demorar mais tempo. Planos de saúde já cobrem o exame, que também é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
IDOSOS
Idosos estão entre um dos grupos de risco para a Covid-19 principalmente pelas doenças crônicas associadas à idade. São pessoas nessa faixa etária, acima dos 60 anos, que apresentam mais hipertensão e diabetes, por exemplo.
Ao desenvolverem os sintomas do novo coronavírus, o risco de que isso impeça o tratamento adequado das doenças pré-existentes é grande. Ao descompensarem o tratamento das doenças de base, a ação do sistema imunológico contra a Covid-19 também é prejudicada.
Dos dados divulgados até o momento, pessoas acima de 80 anos tem um risco de quase 15% de mortalidade pelo novo coronavírus. Em comparação, até os 49 anos, a taxa de mortalidade atinge o pico de 0,4%.
Os idosos também não desenvolvem os mesmos sintomas que os adultos quando infectados. Uma diferença importante é a febre, que surge de forma muito sutil entre esse público, quando aparece. É importante que a família fique atenta a sinais de desidratação, como a boca seca, que podem indicar problemas de saúde.
DIABÉTICOS
Pessoas com o diagnóstico de diabetes, especialmente do tipo 2, são consideradas pertencentes ao grupo de risco para a Covid-19. O motivo está no impacto da doença, especialmente quando ela está descompensada, ao sistema imunológico.
Quando a pessoa diagnosticada com diabetes não mantém o controle, seja aplicando a insulina no tipo 1 ou pelas medicações e estilo de vida, no tipo 2, a glicemia (açúcar presente no sangue) aumenta, levando ao quadro de hiperglicemia.
Esse cenário é chamado de descompensamento do diabetes, e impacta na resposta do sistema imunológico da pessoa. Nessa situação, é mais difícil para o organismo reagir aos vírus, como o novo coronavírus, e a se recuperar da maneira correta.
A indicação a esse público, portanto, é: mantenha o tratamento em dia. Uma vez que o diabetes esteja compensado, o risco da Covid-19 reduz. No caso de dúvidas, procure o médico que o acompanha.
HIPERTENSOS E OUTRAS DOENÇAS CRÔNICAS
Ao contrário dos outros grupos de risco, como os diabéticos e os idosos, no caso dos hipertensos ou das pessoas com problemas cardíacos, o impacto da Covid-19 não está no fato de o sistema imunológico estar comprometido pela doença de base.
O problema na verdade é que, diante de uma infecção (seja ela qual for), o coração é mais demandado pelo corpo. Se esse órgão já estiver debilitado, a exigência pode colocá-lo em exaustão.
GESTANTES
Grávidas precisam ficar atentas ao novo coronavírus porque, embora não estejam no grupo de risco para a doença, têm o sistema imunológico comprometido pela condição – o que pode ser um facilitador para infecções oportunistas.
Como se trata de uma doença nova, não se sabe ainda se há transmissão do novo coronavírus de mãe para o bebê, ou se a doença poderia prejudicar a gestação. Se a Covid-19 seguir o mesmo cenário que outras infecções semelhantes, como o SARS-CoV e MERS-CoV, por exemplo, o risco é baixo.
Caso uma mulher contraia o novo coronavírus durante o período de amamentação, os especialistas argumentam que a alimentação não deve parar. No entanto, as mães devem tomar alguns cuidados, como:
- Usar máscara;
- Lavar as mãos;
- Evitar o contato do bebê com secreções de tosse ou espirro.
Ainda não há evidências que o novo coronavírus seja transmitido pelo leite materno, embora seja por meio dele que a criança adquire os anticorpos necessários para a defesa do organismo – antes que possa receber as vacinas.
CRIANÇAS
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que entre crianças e jovens adultos, a infecção Covid-19 é em geral branda, com sintomas mais leves. Isso não significa que não haja risco entre esse grupo.
Na segunda-feira (16/03), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que crianças morreram em decorrência do novo coronavírus. O diretor-geral não deu detalhes sobre as vítimas
PREVENÇÃO
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
- Evitar contato com pessoas que apresentem infecções respiratórias agudas e ficar em casa quando estiver doente;
- Lavar frequentemente as mãos com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, especialmente após contato direto com pessoas doentes e, no caso de não haver água e sabão, é recomendado utilizar o álcool 70%;
- Usar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo e limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações. Também se deve evitar o consumo de produtos de origem animal cru ou mal cozido.
- Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
Embora um caso de infecção pela Covid-19 tenha sido identificado em um cachorro, em Hong Kong, não há evidências, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que cachorros, gatos ou outros animais de estimação possam transmitir a doença aos humanos.
A principal forma de transmissão do novo coronavírus é através das gotículas de saliva que são emitidas quando alguém tosse, espirra ou fala.
ANSIEDADE
Quem sofre de ansiedade está especialmente propenso a passar por momentos difíceis durante a crise do novo coronavírus. Isso porque sobram incertezas, visto que se trata de uma doença ainda muito nova.
Se vocês souberem de alguém que não está sabendo lidar com o isolamento por causa do COVID-19, e que está ficando ansioso, depressivo, agressivo, compulsivo ou com medo demais, podem indicar o site A Chave da Questão.
Nesse site tem diversos psicólogos conectados que poderão ajudar essas pessoas a lidarem com as próprias dificuldades. Eles estão atendendo online, completamente de graça, as pessoas que estão precisando de ajuda: www.achavedaquestao.com.br
FAKE NEWS
Médicos tailandeses descobriram a cura do coronavírus? Fake
A doença ainda não tem tratamento e não há nenhuma vacina, substância ou vitamina que previna a infecção.
Produtos chineses não serão enviados ao Brasil? Fake
Não há nenhuma evidência, conforme alerta a pasta de Saúde, de que o vírus SARS-Cov-2 sobreviva em objetos que você, ou parentes e amigos, possa ter comprado da China. Logo, esses itens não trarão a doença. O vírus é transmitidos apenas entre humanos e não sobrevive mais de 24 horas fora de um organismo humano ou animal.
Ar no plástico bolha poderia conter o coronavírus? Fake
Na mesma categoria de “produtos que vieram da China contêm coronavírus”, uma das mentiras circulando pelas redes sociais alerta para o ar supostamente contaminado pelo vírus, que estaria preso no plástico bolha e seria liberado cada vez que alguém o apertasse.
Não há evidência nenhuma de que aquele ar poderia conter o coronavírus, visto que os vírus não sobrevivem, em geral, fora do corpo humano (ou animal) por muito tempo. Além disso, o tráfego desses produtos costuma levar dias.
Chá de abacate com hortelã previne o coronavírus? Fake
As únicas medidas de prevenção atualmente confirmadas são aquelas listadas acima (lavar as mãos, evitar contato com pessoas doentes, etc). Não há nenhuma comprovação, conforme alerta o Ministério da Saúde, de que o chá de abacate com hortelã teria qualquer ação de prevenção ao novo coronavírus.
Vale lembrar que, até o momento, não há medicamentos, substâncias, vitaminas ou alimentos específicos – e nem mesmo vacinas – que possam fazer a prevenção da nova doença.
Novo coronavírus foi criado em laboratório? Fake
A mensagem falsa é alarmante: o novo coronavírus teria uma estrutura semelhante ao HIV e, com isso, teria sido criado em laboratório. A descoberta teria sido feita por cientistas indianos.
Nada disso está correto, conforme orienta a pasta de Saúde do Brasil. Não há registros científicos que indiquem quaisquer inserções semelhantes ao vírus HIV, causador da Aids, e nem que ele tenha sido desenvolvido em laboratório.
A pasta compartilha ainda que a revista científica Lancet fez a descrição de 10 sequências genéticas do novo vírus e demonstrou a semelhança com o vírus SARs (COV), tendo o morcego como hospedeiro original e os animais do mercado de Wuhan, na China, como hospedeiros intermediários.
Uísque e mel contra o coronavírus? Fake
Nem uísque e mel, nem óleos ou chás milagrosos. Vitamina C + zinco também não. Não há até o momento nenhum alimento ou medicamento, vacina ou substância, que cure ou combata o novo coronavírus.
As medidas de proteção, conforme listadas no início deste material e no tópico Prevenção, são as únicas formas de prevenção confirmadas até o momento.
A pneumonia é o primeiro sintoma do novo coronavírus? Fake
É falso que o coronavírus causa pneumonia de imediato. Os primeiros sintomas da doença são febre, tosse, dificuldade para respirar. Apesar de não ser o primeiro sintoma, entretanto, o vírus pode causar pneumonia em um estágio mais avançado.