Com formação em arquitetura e paixão por visualização,que Jim Kessler, diretor do Visual Media Group da Jacobs, uma empresa de soluções globais, conte com o SketchUp e com uma ampla gama de ferramentas de renderização para transmitir a concepção e os processos de seus projetos.
Neste artigo você vai conhecer os detalhes do processo de modelagem e renderização de sua equipe, que ganhou diversos prêmios de excelência da American Society of Architectural Illustrators (ASAI).
Um pouco sobre a formação, empresa e a forma como o grupo de Jim Kessler é organizado.
Jim: Estudei e comecei minha carreira em arquitetura. Pratiquei por vários anos, até encontrar minha paixão por visualização. Adoro poder usar ferramentas de design eletrônicas para promover a comunicação visual de ideias.
Entrei para a Jacobs há 22 anos e pude construir minha carreira e me concentrar nos aspectos de design de que mais gosto. A Jacobs oferece soluções inovadoras e comunicações personalizadas para uma ampla gama de setores que vão do aeroespacial ao arquitetônico.
Depois de identificar uma forte necessidade de soluções holísticas de mídia para a Jacobs, criei o Visual Media Group. Somos responsáveis por apresentar novas tecnologias à empresa, comunicar visualmente um projeto ou contar uma história e gerar renderizações atrativas.
Gosto de pensar em nosso grupo como a equipe que “desenvolve ideias geniais”, ajudando os clientes a comunicar a intenção e o impacto de seus projetos para seus integrantes, membros da equipe ou comunidades mais amplas.
Gerencio mais de 20 funcionários que trabalham ao redor do mundo. Focamos em comunicações personalizadas para empresas e tentamos contar as histórias dos projetos através de lentes artísticas e visuais. Meu grupo tem três linhas de prestação de serviços:
Visualização arquitetônica 3D: este grupo lida com a modelagem, a integração de modelos BIM em projetos, a criação de renderizações e o desenvolvimento de mecanismos de jogos em tempo real. Aliás, somos considerados o principal parceiro de AEC da Epic Games.
Videografia: este grupo cuida de tudo desde o desenvolvimento de roteiro, storyboards, filmagem, e temos até alguns pilotos de drone certificados pela FAA.
Mídia interativa: este grupo oferece projetos de desenvolvimento web, realidade virtual e aumentada, soluções digitais em tempo real e desenvolvimento de aplicativos para celulares.
Também aceitei uma função adicional como Líder de Tecnologia Global de XR (realidade estendida), onde vou passar a incorporar ferramentas e experiências de realidade aumentada/imersiva para projetos futuros.
Normalmente, esses grupos ficariam isolados ou dispersos em outras empresas, e eu não queria que isso acontecesse. Acredito que a solução mais impactante para um cliente é garantir uma abordagem holística.
Como começou no SketchUp?
Jim: Fiz modelagens durante toda a minha carreira, mesmo antes do SketchUp existir. Costumava usar um dos programas originais de modelagem arquitetônica 3D para Macintosh dos anos 80. Ele permitia que você fizesse modelagem 3D nativa em seções. Como disse antes, sempre me interessei pelo uso de computadores no processo de design.
Adquiri o SketchUp na época em que foi originalmente lançado. Era super fácil de usar e a curva de aprendizagem era de fato rápida. A possibilidade de modelar rapidamente diversas opções de design era diferente de qualquer outra ferramenta que eu já havia usado. Na verdade, defendi o uso do SketchUp para vários de nossos principais projetistas seniores porque sabia o impacto positivo que ele teria no fluxo de trabalho de suas equipes.
A Jacobs tem um dos maiores grupos de arquitetos licenciados dos Estados Unidos, muitos dos quais usam o SketchUp como ferramenta fundamental em seu processo de design.
Como utiliza o SketchUp atualmente e seu fluxo de trabalho?
Jim: Como as responsabilidades do nosso grupo abrangem tudo que envolve visualização e renderização, contamos com uma ampla variedade de ferramentas, e uma delas é o SketchUp.
Nosso fluxo de trabalho normal começa com o grupo de arquitetura que desenvolve o projeto básico no SketchUp. Em seguida, nosso grupo exporta o modelo 3D e faz uma limpeza nele. Eliminamos todo o ambiente ao redor e os componentes desnecessários. Quando terminamos, resta apenas a geometria básica.
Em seguida, nossa equipe a importa no 3ds Max ou TwinMotion para que possamos usar ferramentas como o ajuste do V-Ray para texturas em superfícies planas. Remodelamos em outro software para que possamos mostrar imperfeições mais facilmente, como ferrugem em uma superfície metálica.
Neste estágio, adicionamos novamente os detalhes do ambiente a partir de nossa grande biblioteca interna de conteúdo pronto para renderização. E então, resta somente executar uma exportação de visualização de alta qualidade. Como suporte a esse processo, temos um cluster de cerca de 30 computadores dedicados à renderização.
Sobre o prêmio da American Society of Architectural Illustrators usando o SketchUp e o Photoshop.
Jim: Todos os anos, enviamos um projeto de visualização para o concurso Arquitetura em Perspectiva, da American Society of Architectural Illustrators (ASAI). No ano passado, enviamos os projetos que desenvolvemos para a base aérea de Tyndall e ganhamos um prêmio por excelência.
A base desse projeto foi feita no SketchUp e, em seguida, o renderizamos no 3ds Max. Nosso estilo foi baseado no hiperrealismo (um degrau acima do fotorrealismo), que é um tema/estilo atual no setor. Este estilo se baseia bastante no estado de espírito.
Para esta imagem em particular, focamos em uma cena chuvosa. Estávamos tentando capturar uma chuva torrencial na região da Flórida, por volta das 15h. Você vai notar reflexos e sombras precisos que ajudam a contar essa história. Também incorporamos princípios básicos de design, como ter um primeiro plano e um plano de fundo, e aplicar a regra dos terços.
Como você escolhe um estilo para os projetos em que trabalha?
Jim: Na verdade, depende do projeto. Gosto de renderizações não fotorrealísticas (NPR). Esses estilos permitem que um designer comunique projetos em estágio inicial, antes que muitas decisões arquitetônicas importantes tenham sido tomadas. Considero o SketchUp uma excelente ferramenta para isso.
Para cada projeto, desenvolvo um estilo personalizado no Style Builder. Por exemplo, em um projeto para Fort Bliss (em El Paso, Texas), concentrei-me em uma marca d’água em tom pastel para o horizonte e trabalhei com cores desérticas, com uma tonalidade de areia, para trazer a sensação daquele ambiente.
Acredito que se você está projetando no SketchUp, é necessário pensar criticamente não apenas no projeto, mas também em como comunica a intenção, personalizando o estilo da representação utilizada. Sinto que você precisa pensar criticamente sobre como apresenta as ideias aos clientes.
Esse processo pode ser muito meticuloso, e você precisa definir cor por cor em um projeto. Isso pode levar bastante tempo, e é por isso que muitas pessoas não o fazem.
Por que você gosta mais de visualizações do tipo NPR?
Jim: Nos estágios iniciais, quando um projeto está em evolução e as conversas com os clientes estão ocorrendo, uma renderização fotorrealística sinaliza a conclusão do projeto e que alterações no design não são mais possíveis.
Um visual NPR, ao contrário, sugere uma sensação de evolução e apresenta um importante elemento artístico que atrai os arquitetos.
Existem ferramentas de renderização específicas que você prefere utilizar?
Jim: Usamos uma grande variedade de ferramentas de renderização, dependendo do estágio do projeto e do que estamos tentando realizar. Como você viu, contamos com mecanismos e ferramentas de renderização que podem realmente melhorar a qualidade do resultado. Alguns deles são o Unreal Engine, Unity, V-Ray, 3ds Max, TwinMotion, Substance Painter, Quixel Megascans, e, para a fase de pós-produção, usamos todo o Adobe Creative Suite.
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